EXISTE UM PERFIL DE PERSONALIDADE IDEAL?




Você já se frustrou, ou se criticou, ao perceber que algumas características da  sua personalidade atrapalham a sua vida? Gostaria de poder mudá-las? Será que isso é possível, ou desejável?


Todos nós carregamos algumas noções antiquadas sobre como devemos ser, sobre o que devemos ser profissionalmente. Embora saibamos que essas noções precisam ser abandonadas, e que mudar de perspectiva pode ser o primeiro passo para isso, isso não é suficiente. Mesmo quando nos propomos a mudar, e contamos com ajuda profissional e com o apoio de pessoas próximas para isso, percebemos que essa é uma tarefa hercúlea. Ela exige uma ação deliberada para conter, ou sobrepor, mecanismos e necessidades muito poderosas e profundas, na maioria das  vezes, inconscientes. Enquanto conseguimos mudar ou deixar de adotar alguns padrões de comportamento com relativa facilidade, outros se mostram mais resistentes à mudança. 


Atualmente, muitos pesquisadores, de diferentes escolas da Psicologia, estão estudando os processos que motivam alguém a fazer uma determinada escolha, e que determinam suas tendências comportamentais. Até aí, nada de novo, pois esses processos já foram descritos por Szondi, na década de 1930. Você, que conhece e usa o HumanGuide, já sabe que as escolhas que fazemos são determinadas por oito necessidades pulsionais, e que é muito importante encontrar meios de canalizá-las de maneira positiva.


Existe um consenso de que existem muitas possibilidades de canalização das necessidades pulsionais. Quando nossas disposições básicas afloram, temos que decidir quais poderão ser manifestadas, e quais deverão ser contidas. Portanto, quando percebemos que uma determinada característica de personalidade é problemática, é importante encontrarmos alternativas positivas, para que possamos dar vazão às necessidades subjacentes. Algumas expressões comportamentais dessas necessidades podem ser ruins do ponto de vista moral, legal ou financeiro. Não se trata, porém, de querermos nos tornar uma outra pessoa, de mudarmos nossa personalidade, mas de mudarmos a maneira como canalizamos, satisfazemos nossas necessidades pulsionais. E é para isso que o HumanGuide pode contribuir de maneira muito positiva. A partir do momento que conseguimos explicitar nossas necessidades pulsionais, temos a possibilidade de mapear e identificar o melhor lócus profissional para nós, além de encontrar atividades  gratificantes fora do âmbito profissional. 


Embora nenhum de nós deva ser responsabilizado pelas características de personalidade que possui, pois elas não puderam ser escolhidas, somos moralmente e legalmente responsáveis pelos padrões de comportamento que desenvolvemos, como expressão dessas características. Não existe um perfil de personalidade bom ou ruim, mesmo aqueles com muitas ambivalências, e em cujo perfil nenhum fator se destaca.


Quando incorporamos a metodologia HumanGuide no nosso trabalho, temos como missão ajudar a encontrar um lócus profissional que seja proveitoso para a pessoa que temos diante de nós, capitalizando suas forças, e minimizando os efeitos das suas fragilidades, ou riscos. Sob essa perspectiva, as características de personalidade são recursos internos aos quais se deve recorrer, e não uma maldição que precisa ser banida. Devemos identificar o nicho profissional que melhor corresponde às necessidades dela, ao invés de perder tempo e energia com coisas que não vão ao seu encontro. Esse é o ponto comum com a Psicologia Positiva. Não importa quais são os objetivos e valores que a pessoa tenha, sempre haverá uma possibilidade de alcançá-los e vivencia-los, em sintonia com as suas características de personalidade. Mas isso, desde que se escolha o nicho correto.


Hoje, mais do que nunca, é possível encontrar um nicho profissional onde determinados traços de personalidade representam um diferencial importante. Temos a liberdade, o poder e a responsabilidade de usar nossas mentes para buscar os nichos que são positivos para o indivíduo, e para evitar aqueles que podem ter efeitos negativos sobre ele. Pode ser que, em algumas situações, seja necessário lutar contra a corrente e buscar coisas para as quais a personalidade não olha automaticamente. Mas isso não significa transformar a personalidade. Significa entender o que ela traz, e usar essa informação com sabedoria. E isso se faz por meio do autoconhecimento.


Lembre-se, não nascemos talhados para sermos algo específico, e tampouco para fazer uma determinada coisa.  Temos que buscar aquilo que melhor corresponde aos nossos anseios, e que nos dê oportunidade de trazermos à tona o que temos de melhor a oferecer. 





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