O desafio da subjetividade na gestão de pessoas.

 



Cenários cada vez mais competitivos demandam mais atenção à formação e desenvolvimento de equipes. O termo  "sinergia", empregado em diferentes contextos, adquiriu importância para a consecução dos objetivos estratéticos. Do grego Synergía, significa cooperação. Seu significado está associado ao esforço coordenado de vários órgãos (fisiologicamente) ou ação coordenada de vários fatores, na realização de uma função. No âmbito organizacional  é traduzido, simbolicamente, como 2+2=5, ou seja,  o resultado é superior à soma das partes. Fazer mais com menos. Corresponde à quantidade total de energia disponível para o grupo cumprir suas tarefas, seja como energia de tarefa  ou de manutenção, esta fundamental para a coesão do grupo, pois expressa a atratividade deste para seus membros.





Ao se definir os recursos necessários para se colocar em prática, de maneira coordenada, as ações que levarão ao alcance de objetivos estratégicos, especial destaque deve ser conferido aos recursos humanos. Enquanto os profissionais de recursos humanos atentam para os aspectos qualitativos,  a área financeira vê o fator humano na organização como custo, atendo-se aos aspectos quantitativos representados por ele. O desenvolvimento da organização depende, porém, do pleno aproveitamento de todo o potencial humano nela existente, evidenciado no fato de, atualmente, algumas empresas buscarem outro nome para o conjunto de políticas relacionadas ao recrutamento, à seleção, contratação e seleção de pessoas: gestão de talentos, capital humano, fator humano,  gestão de pessoas ou de gente. 


A descrição das  necessidades operacionais, a partir dos processos que levarão aos objetivos organizacionais, é outro aspecto relevante a ser considerado, pois ela permite identificar as necessidades de contratação e/ou treinamento das pessoas responsáveis pela operação.  Embora o cargo possa ser descrito objetivamente, com base no conhecimento e  experiência requeridos, a dimensão subjetiva nele contida não deve ser subestimada, pois o envolvimento com a tarefa depende, em grande parte, da motivação intrínseca das pessoas. Quem faz aquilo que não gosta, não se envolve com a melhoria daquilo que está fazendo. Sem motivação as  atividades profissionais são realizadas com um mínimo de envolvimento intelectual e emocional, mecanicamente. Mas, quando a pessoa está identificada com a tarefa e motivada a desempenhá-la, procurará entender melhor o que faz, e como faz. Como a motivação está associada ao dinamismo situacional, sofre influência das flutuações dentro da empresa. 


Pessoas que ocupam posição de liderança devem ser capazes de promover sinergias e despertar os interesses e as inclinações  dos colaboradores. Dessa maneira o líder mobilizará o sentido de identidade e comprometimento profissional, favorecerá a realização pessoal e a integração das equipes, assumindo a responsabilidade pelo desenvolvimento das pessoas no ambiente de trabalho. No entanto, a maioria das organizações ainda deixa por conta dos próprios colaboradores a responsabilidade pela própria integração no grupo, pela adaptação às exigências da atividade profissional, e pela automotivação. Devido ao impacto dos aspectos subjetivos sobre o alcance dos objetivos organizacionais, sua intangibilidade exigirá maior cuidado nas ações que visam alcançar os resultados almejados. 






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